sábado, 31 de julho de 2010

Marketing – E o Estudo do Limiar Perceptivo.

O processo de percepção tem sido descrito como consistindo da sensação, organização e acima de tudo interpretação. Destes, a sensação é a mais importante: se ela falhar, então o estimulo de marketing torna-se totalmente inconseqüente. Mas nem todo estimulo é sentido. Imagine quer você está sentado em uma sala de aula de uma universidade. Você já esteve aqui antes – a cada semana deste semestre. Agora dê uma olhada ao redor. As luzes estão hoje mais fracas do que antes? Não? Tem certeza? E que tal se a administração da universidade decidiu diminuir as luzes só um pouquinho em todas as áreas do campus? Essa pequena diminuição na iluminação pode economizar muito para universidade e, você nem notaria.
Você não nota essa mudança por que ela está abaixo do seu limiar de percepção, o nível ou magnitude mínimo em que um estimulo começa a ser percebido. Um conceito similar é a diferença apenas notada. Isso se refere à magnitude de alteração necessária para que tal alteração seja notada. Há tempo, que diversas empresas vêem se valendo desse artifício, fazendo pequenas alterações no tamanho de seus produtos, e você nem tem notado.
Em termos gerais, a percepção pode ser descrita como a forma como vemos o mundo à nossa volta, o modo segundo o qual o indivíduo constrói em si a representação e o conhecimento que possui das coisas, pessoas e situações, ainda que, por vezes, seja induzido em erro. Percepcionar algo ou alguém é captá-lo através dos sentidos e também fixar essa imagem.
As relações entre o indivíduo e o mundo que o rodeia são assim regidas pelo mecanismo perceptivo e todo o conhecimento é necessariamente adquirido através da percepção. Dois indivíduos, da mesma faixa etária, que sejam sujeitos ao mesmo estímulo, nas mesmas condições, captam-no, selecionam-no, organizam-no e interpretam-no com base num processo perceptivo individual segundo as suas necessidades, valores e expectativas.
O processo perceptivo inicia-se com a captação, através dos órgãos dos sentidos, de um estímulo que, em seguida, é enviado ao cérebro. A percepção pode então ser definida como a recepção, por parte do cérebro, da chegada de um estímulo, ou como o processo através do qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta estímulos. Este processo pode ser decomposto em duas fases distintas: a sensação, mecanismo fisiológico através dos quais os órgãos sensoriais registram e transmitem os estímulos externos; e a interpretação que permite organizar e dar um significado aos estímulos recebidos.
A sensação corresponde a uma resposta direta e imediata dos órgãos sensoriais a um estímulo básico como a luz, a cor, o som ou o tato. A sensibilidade ao estímulo varia consoante a qualidade sensorial dos órgãos receptores e a quantidade e a intensidade dos estímulos aos quais estamos expostos. Por exemplo, uma pessoa cega tem a percepção auditiva e tátil mais desenvolvida que a maioria das pessoas e como tal é capaz de ouvir sons que normalmente as pessoas não ouvem conscientemente. No entanto se conduzíssemos esta pessoa cega ao milagre de enxergar subitamente e indicarmos um vaso para que ela pegue, sem tocá-lo antes, certamente não saberia de que objetos estavam falando...
A sensação é por natureza diferencial, ou seja, as pessoas só reparam naquilo que se distingue do geral, naquilo que é diferente, nos desvios, nas irregularidades. Dos que são fora de esquadro... diferentes... À medida que o nível de estímulos sensoriais diminui, a capacidade de detecção das diferenças ou da intensidade dos estímulos aumenta. É em condições mínimas de estimulação que se atinge a máxima sensibilidade. É por esta razão que a atenção aumenta quando um anúncio aparece sozinho num intervalo de um programa, ou quando, no meio de vários anúncios a cores, surge um em preto e branco. Esta capacidade que o organismo tem de alterar os níveis de sensibilidade consoante à variação das condições externas não só permite ter maior sensibilidade quando é necessário como também serve de proteção quando o nível de estimulação é muito elevado.
Vamos testar? Quem não gosta de praticar os exercícios dos sete erros. Quem?
Resumindo, podemos dizer, que Limiar Perceptivo e o limite, a fronteira entre duas áreas, dois extremos.Pense nisso.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Marketing Como Processo de Troca.

O marketing é baseado no princípio da troca. O marketing como processo de troca é expresso claramente na definição amplamente adotada pela “Associação Americana de Marketing”.
O marketing é o processo de planejamento e execução de concepção, fixação de preços, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam as metas individuais e globais.
Melhor definindo, troca é uma atividade na qual duas ou mais partes dão algo de valor umas às outras para satisfazer necessidades percebidas.
Para ilustrar os fundamentos da troca, considere o seguinte cenário. Um criador de gado poderia trocar um bife por uma abóbora porque está cansado de comer bifes e custa-lhe muito menos produzir um bife adicional do que cultivar abóboras. O plantador de abóboras também poderia trocar uma das suas abóboras por um bife por estar enjoado de comer abóboras e custa-lhe menos produzir uma abóbora adicional do que um bife. Portanto, se eles se encontrarem, é provável que ocorra uma troca entre o criador de gado e o plantador de abóboras.
As trocas de marketing existem porque são benéficas para ambas as partes. Elas são benéficas por causa dos princípios da especialização do trabalho e da saciação do consumo. A vantagem comparativa no custo de produção de vários bens há muito é entendida como subjacente aos benefícios do comércio. Mas a especialização do trabalho e as vantagens comparativas de produção que gerem comércio e mercados. Também é necessário o princípio da saciação. Em outras palavras, se quanto mais o fazendeiro comesse bifes, mais gostasse deles e mais quisesse comê-los, então ele ficaria muito feliz criando mais gado por um preço ainda menor e comendo ainda mais bifes. Em essência, o fazendeiro teria um interesse sempre crescente em comer o seu rebanho, em vez de trocá-lo por outros produtos no mercado.
O marketing facilita o processo de troca ao desempenhar uma série de atividade que beneficia igualmente o consumidor, os produtores e os revendedores. As atividades de marketing incluem:
* Compra: os profissionais de marketing compram sortimentos de muitos fabricantes diferentes que são disponibilizados aos clientes em um mesmo local.
* Venda: disponibilizando uma variedade de produtos em um mesmo lugar, os profissionais de marketing vendem a numerosos clientes em um só local, diminuindo a necessidade de clientes individuais negociarem com fabricantes cada um dos produtos que desejem adquirir.
* Transporte: os profissionais de marketing facilitam o transporte dos produtos fornecendo as mercadorias que os clientes querem, onde e quando eles as querem.
* Estocagem: os profissionais de marketing estocam produtos de modo que os clientes não precisem fazê-lo.
* Financiamento: os profissionais de marketing oferecem planos especiais de pagamentos e acordos de leasing que permitem a mais clientes ter acesso aos produtos que eles desejam adquirir. Além do que, o produto do fabricante antes que seja vendido ao cliente provê fundos ao fabricante, o que lhe permite produzir mais.
* Assumir riscos: ao adquirir os produtos do fabricante antes que sejam vendidos aos clientes, os profissionais de marketing assumem o risco de que o produto será realmente vendido.
* Padronização e graduação: os profissionais de marketing desempenham um papel extremamente importante na padronização e na graduação da qualidade e da quantidade de produtos disponíveis para os clientes.
* Obtenção de informações do mercado: os profissionais de marketing coletam informações sobre os compradores e os fornecedores para aumentar a eficiência e a efetividade do processo de troca.
Esse processo de troca que foca o marketing é tão indispensável, que podemos dizer que o sucesso de uma empresa ou organização depende fundamentalmente, do Marketing.