É impossível pensar em eleições, nos dias de hoje, sem pensar numa estrutura de marketing atuando em todos os segmentos do eleitorado. Propaganda eleitoral deixou de ser apenas o ato de imprimir alguns milhares de folhetos coloridos e pichar os muros da cidade com o nome do candidato
O marketing político pode ser definido como um conjunto de técnicas e procedimentos que têm como objetivos adequar um(a) candidato(a) ao seu eleitorado potencial, procurando fazê-lo, num primeiro momento, conhecido do maior número de eleitores possível e, em seguida, mostrando-o diferente de seus adversários - obviamente melhor do que eles.
As campanhas eleitorais deixaram de ser intuitivas e se tornaram racionais, os palpites gratuitos cederam lugar à pesquisa; os temas principais, com determinadas palavras-de-ordem, aparentemente corretas, mas aleatórias, agora têm origem em slogans com conceito e estratégia. Enfim: a propaganda política deixou para trás o amadorismo para se tornar profissional.
Hoje em dia não se pensa mais em campanha eleitoral sem o marketing político, que também tem sido utilizado fora da política partidária em associações, clubes, federações e outras áreas em que ocorrem eleições para a escolha de representantes.
A primeira vez que um candidato utilizou uma grande empresa de comunicação
numa campanha presidencial foi em 1952, nos EUA. O general Eisenhower, acusado pelos adversários de "tentar se vender como um produto" contratou a BBDO, que foi secundada pela YOUNG AND RUBICAM. O principal objetivo do trabalho desenvolvido foi adaptar a linguagem do candidato aos programas de televisão, que possuíam uma dinâmica bastante diferente do discurso proferido ao vivo em comícios, onde se podia avaliar imediatamente a reação do público.
Comparando com campanhas de produtos e serviços: de um lado está o produto/serviço; do outro, o mercado consumidor.
Na campanha eleitoral, de um lado o candidato e do outro os eleitores.
Existem alguns requisitos básicos para o sucesso de uma campanha eleitoral - a existência de planos estratégicos, de orientação geral e detalhamento de atividades, tempo e recursos - a existência de mão-de-obra especializada em propaganda - a existência de um monitoramento durante todo o processo
Alguns elementos que compõem o quadro de planejamento de uma campanha de marketing político são: meio ambiente da campanha, força de venda política do candidato (a), filosofia política do candidato (a), canais de comunicação, segmento de eleitores e acompanhamento e revisão.
Nas eleições brasileiras, a ação do marketing político nas campanhas eleitorais já é uma realidade, tendo alcançado um elevado grau de elaboração nas partes técnica e teórica. As campanhas têm sido de alto padrão mesmo se comparadas aos países desenvolvidos, graças ao avanço das áreas de diagnóstico (pesquisa) e comunicação (principalmente a publicidade na TV). Contudo, a atividade ainda é recente. Apenas na década de 1980 começaram a ser utilizadas, timidamente, as pesquisas qualitativas para a definição da estratégia eleitoral.
Mas, cresce a cada ano eleitoral criando setores especializados na realização de ações e eventos no mundo todo, como se observa o processo eleitoral em curso nos EUA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário